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Judaismo!

Shemini

24 Nissan 5759; 10 Abril 1999


Conteúdo:

  • Resumo da Parashá
  • Comentário da Parashá
  • Haftorah
  • Amor á Terra de Israel
  • Informações sobre assinatura
  • Or Sameach na Web

    Esta publicação está disponível nos seguintes formatos [Text] Explicação destes símbolos



  • Resumo da Parashá

    Conteúdo

    No oitavo dia da dedicação do Mishkan, Aharon, seus filhos, e toda a nação ofereceu diversos korbanim (sacrifícios) de acordo com a instrução de Moshe. Aharon e Moshe abençoaram a nação. Hashem permitiu que o povo Judeu servisse Sua presença, se aproximando Dele depois que eles terminaram o Mishkan e através das mitzvot lá realizadas. Os filhos de Aharon, Nadav e Avihu, inovaram um sacrifício sem autorização Divina. Um fogo Divino os consumiu, enfatizando a necessidade de cumprir mandamentos de acordo com as instruções de Moshe. Moshe consolou Aharon que sofreu em silêncio.

    Moshe ensinou aos kohanim como se comportarem durante luto, e os previniu para não beber bebidas intoxicantes antes de servir no Mishkan. A Torah enumera as duas características de um animal kasher: casco fendido, mastiga, regorgita e mastiga novamente a comida. A Torah especifica quais animais tem somente uma dessas duas características. Peixe kasher tem barbatanas e escamas que podem ser removidas facilmente. Todos os pássaros que não estão incluidos nos grupos proibidos são permitidos. A Torah proibe todos os insetos com exceção de quatro tipos de gafanhotos. Detalhes são dados do processo de purificação após entrar em contato com espécies impuras para rituais. Deus ordena que o povo Judeu seja separado, e sagrado - como Hashem.




    Comentário da Parashá

    Conteúdo

    Uma espada ainda é uma espada?

    'Mas isso você não deve comer... [isso] é impuro para você" (11:4)

    Eu confesso. Eu tenho muito orgulho de algo. Eu tenho um desafio.

    Eu era uma pessoa comum, mas de um dia para outro minha vida mudou. Agora sou parte de uma minoria cujos sentimentos tem que ser considerados. Aqueles que se sentem desafiados se unam! Você não tem nada a perder

    É irônico que enquanto a sociedade fica cada vez mais afetada pela violência física, surge uma nova sensibilidade á própria "linguagem da violência".

    Até mesmo o mundo religioso não é exceção á esse fenômeno.

    Na nova publicação do Oxford University Press, "O Novo Testamento e Salmos- An Inclusive Version", D-us passa a ser "Nosso Pai-Mãe nos Céus". (Não temos esse problema em hebraico, pois Hashem é um substantivo sem gênero; por exemplo, a Shchina - a presença Divina é um substantivo feminino.)

    Os publicadores dizem que a tradução é designada para "responder ao novo clima da linguagem".

    Eles tiraram referências "a mão direita de D-us" para evitar estigmatizar a mão esquerda, e evitaram igualar "escuridão" com mal devido a sensibilidade racial.

    O Salmo 23 não começa mais com "O Mestre é meu pastor", pois "mestre" implica "status antigo, ultrapassado e portanto inapropriado". As crianças devem "prestar atenção" aos seus pais ao invés de "obedece-los".

    E "diferentemente capacitado", ao se referir "a pessoa que tem lepra".

    Na realidade, a idéia de "Política Correta" (PC) data de mais de 4000 anos atrás. Quando Noach trouxe os animais para a arca, a Torah descreve animal tame (espiritualmente impuro e não kasher) como "lo tahor" (impuro). A Torah nunca escreve duas palavras aonde poderia usar somente uma. A lição da Torah ao escrever a expressão mais longa "lo tahor" é para nos ensinar sensibilidade aos sentimentos de outros. Em outras palavras, se a Torah faz questão de chamar um animal, que não se importa em como é chamado, "impuro", ao invés de "inferior"; nós então temos que ter mais cuidado ainda para não machucar os sentimentos de outros.

    Mas existe uma grande diferença entre isso e PC.

    É verdade que a Torah nunca limita evitar ofensas, mas somente se isso não afetar o significado e a claridade da Lei. Se existe a menor dúvida que uma palavra "mais sensível" não expressará o mesmo poder em comunicar a Lei, então não existe lugar para eufemismo. Uma espada tem que ser chamada espada. Na Torah utiliza a terminologia mais explícita no contexto apropriado.

    Isso é mais do que preocupação para a transmissão correta da Lei. Isso implica que linguagem tem um valor absoluto.

    PC distorce a linguagem por ser "político". Sutilmente invoca seu próprio julgamento de valores que são pelo menos tão tendenciosos quanto os que procura substituir. Porém, mais insíduo é destruir a integridade da conecção entre a coisa e palavra; entre o mundo das idéias e o da realidade concreta.

    A concecção é fundamental e vital: Hashem criou a existência com palavras. "E D-us disse: 'Que exista luz' ". Palavras são a ponte entre o metafísico e o físico. Em hebraico, "davar" significa tanto "palavra", como "coisa".

    No livro "1984" de George Orwell, Winston Smith trabalhou no Ministério da Verdade, editando história para satisfazer o presente governo. Seu trabalho era fraudar a história. Todo livro, todo arquivo de jornal tinha que ser constantemente reescrito para expressar o dogma que nunca houve nenhuma política, aliança, amizades, inimigos, etc. diferentes dos atuais.

    Smith estava mudando a realidade.

    Quando politizamos as palavras que descrevem o mundo, limitamos nossa percepção. Restringimos as cores de nossa sensibilidade. Interpomos uma máscara negra de eufemismo. No final, mudamos a realidade e nos encontramos em um mundo egoísta de ilusão "politicamente correta".

    Se mudamos as palavras, os blocos que formam o pensamento e a cognição, não devemos nos surpreender se nossa paisagem mental começa a refletir um fim suave e descolorado.


    Conhecimento Completo

    "E o cisne... é impuro para você." (11:7)

    Moshe pode ter sido o melhor professor do mundo, mas ele não era explorador global. Toda sua experiência como naturalista deve ter sido limitada. Ele nunca se deslocou do pequeno Oriente Médio. Portanto, parece ser estranho a Torah abordar fatos sobre a vida natural que eram impossíveis de Moshe ter sabido.

    A Torah define um animal kasher com tendo casco dividido e ruminante. Mas coloca o porco como exceção, como o único animal que tem casco fundido mas não é ruminante.

    Ninguém vivendo em uma porção tão pequena do vasto mundo poderia ter sabido essa informação. Além do mais, nenhum indivíduo prudente teria afirmado definitivamente que não existem criaturas vivas que contradizem a classificação.

    A Torah nos diz que qualquer peixe que tem escamas e barbatanas é kasher. Se Moshe não era um explorador, ele era menos ainda um mergulhador. Mas a Lei Oral indica que todo peixe que tem escamas tem barbatanas. Como esse fato poderia ter sido conhecido por alguém a 3300 anos atrás que sabia mais sobre abertura do mar do que sobre oque existe dentro dele?

    O Talmud ensina que Hashem revelou na Torah lembretes sutis de que é o Criador. Apenas o Criador do Universo poderia tão dramaticamente e precisamente afirmar leis do mundo natural.

    Tratado Chulin




    Haftara

    Shmuel II 6-7:17

    Conteúdo

    A Parasha desta semana descreve a cerimônia de dedicação do Mishkan. A Haftara continua este tema descrevendo a chegada da Arca em Jerusalém. Na Parasha, dois dos filhos de Aharon morrem no primeiro dia da inauguração do Mishkan. Esse foi um alerta permanente de que boas intenções nunca podem substituir obediência estrita no nosso serviço à Hashem. E de forma semelhante na Haftara, Uza morreu nas mãos de Hashem ao tentar previnir que a Arca caisse. Num momento de distração ele esqueceu que Hashem transporta a Arca, e que Ele nunca a deixaria cair.

    Ainda que as intenções de Uza fossem boas, ele esqueceu o temor que devemos ter pelo Divino cujas palavras estão na arca.

    Quando o Rei David finalmente trouxe a Arca para Jerusalém, ele dançou a sua frente com todo vigor. Com isso percebemos que ele era verdadeiramente um servo da Torah. O Rei David considerou realeza responsabilidade ao invés de previlégio. Exatamente nesse ponto sua esposa Michal discordou. Ela pensou que David tinha se rebaixado ao dançar como um indivíduo comum frente a Arca. Porém a dança de David foi a marca do verdadeiro Rei Judeu. Por causa de sua lealdade, David foi recompensado com o Templo que seria reconstruido por seu filho e teria seu nome.

    (Rabino S.R. Hirsch)


    Amor á Terra

    Seleções de comentários clássicos da Torah
    expressando a relação especial do Povo Judeu e Eretz Ysrael

    Suficiente para agradecer - "Dayenu!"

    Esse é o título da música mais popular do Seder de Pesach, aonde listamos exemplos históricos da bondade Divina do Criador ao Povo Judeu. Após mencionar cada ato, do Exodo do Egito até a construção do Beit HaMikdash, declaramos de forma melódica que qualquer exemplo por si só teria sido suficiente (Dayenu) para agradecermos.

    O par final dessa longa lista é organizado de forma a nos ensinar uma lição importante na escala de valores:

    "Se Ele tivesse nos dado a Torah e não tivesse nos levado á Eretz Ysrael - teira sido suficiente".

    Torah sem Eretz Ysrael é uma forma viável para cumprir nossa identidade como povo escolhido. Por milhares de anos judeus tem preservado sua identidade em terras estranhas. Por outro lado, Eretz Ysrael sem Torah pode degenerar em nacionalismo vazio de outras nações.

    Entretanto, uma vez que possuimos Torah, Eretz Ysrael se torna o cenário ideal para nosso desenvolvimento de potencial espiritual, e o Beit HaBechira - a casa em Jerusalém que Hashem escolheu como habitação de Sua presença - o monumento sagrado para facilitar o desenvolvimento do potencial humano de se conectar com nosso Criador.

    Atualmente, quando todos os judeus tem Torah e a oportunidade de ir para Eretz Ysrael - apesar de ainda não termos o mérito da reconstrução do Beit Hamikdash - podemos cantar alegremente:

    "Dayenu!"


    Publicado por Instituições Or Sameach - Departamento Latino-americano
    Diretor : Rabino Betzalel Blidstein
    Escrito e Recompilado por Rabi Yaakov Asher Sinclair
    Editor Responsável: Rabi Moshe Newman
    Tradução : Nomi Travis
    Produção: Moises Cohen


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