Judaismo! - Ki Tavo
Ki Tavo
16 de Elul 5759; 28 Agosto 1999
Resumo da Parashá
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Quando Bnei Ysrael viveu na Terra de Israel, seus primeiros frutos foram levados para o Templo e entregues para o Kohen numa cerimônia que expressava o reconhecimento de que Hashem é Aquele que guia a história do Povo Judeu em todas as eras. Essa passagem forma uma das partes centrais da Hagada que nós lemos durante o Seder. No último dia de Pesach do quarto e sétimo anos dos sete anos do ciclo de dízimos, a pessoa deve recitar uma confissão de que distribuiu os dízimos para as pessoas apropriadas de acordo com as regras estabelecidas.
Com essa mitzva Moshe concluiu os mandamentos que Hashem lhe disse para dar para o Povo Judeu. Moshe os instruiu para seguir os atributos de Hashem, pois eles são o povo escolhido e querido de Hashem. Quando Bnei Ysrael cruzarem o Rio Jordão eles devem fazer um novo pacto com a Torah. Grandes pedras devem ser construidas e a Torah deve ser escrita nelas nas setenta línguas primárias do mundo, e depois elas devem ser cobertas com uma camada fina de gesso calcinado. Metade das tribos ficarão no Monte Grizim e a outra metade no Monte Eval, e os Leviim ficarão num vale entre as duas montanhas e recitarão os doze mandamentos e toda a população responderá "Amen" para as bençãos e punições. Moshe detalha então as bençãos que serão dadas para Bnei Ysrael. Essas bençãos são físicas e espirituais. Porém se o Povo Judeu não cumprir a Torah, Moshe detalha uma imagem assustadora de destruição, resultando em exílio e perambulação entre as nações.
Comentário da Parashá
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Um Presente Da Princesa
"E você deve celebrar todo o bom que Hashem te dá". (26:11)
Quando você recebe um presente da rainha, oque é mais importante: o presente ou a inscrição "Presenteado pela Vossa Majestade..."?
Quando festejamos o bom que Hashem nos dá, o principal não é oque recebemos, e sim de quem recebemos.
Chegando Ao Topo
"Já que você não serviu Hashem, seu D-us com alegria e bondade de coração" (28:47)
Quem subia até o último andar de um arranha-céu recebia uma recompensa espetacular. O único problema era que para chegar lá você tinha que subir os degraus. Cem andares é um longo caminho de elevador - mas a pé...
Ambos começaram juntos. Os primeiros dez andares foram fáceis. Os vinte próximos mais difíceis. Quando alcançaram o quinquagésimo andar, ambos estavam ofegantes. Eles suavam muito. 56, 57, 58. E assim por diante eles continuaram a subir. Isso seria mais fácil do que Hilary e Tenzing escalando o Everest? 75, 76, 77... Quando chegaram no octuagésimo, ambos tinham parado de andar e estavam agora agachados engatinhando com suas mãos e joelhos. Quando chegaram no 89, um deles desistiu e exclamou: "Chega! Não posso continuar - terminei!"
"Eu também não posso", disse o outro, mas não vou desistir!"
Com cada osso de seu corpo doendo, ele continuou mais um andar. Ele olhou para o lado e viu uma placa à sua frente: "Andar 90". E então abaixo ele leu: "Se você chegou até aqui - agora você pode usar o elevador. Congratulações!"
Á sua frente ele viu a porta aberta do elevador. Com um sorriso cansado ele entrou e apertou o botão. A porta fechou e se encaminhou rapidamente para o topo do prédio e para o grande prêmio. O propósito da vida é chegar ao topo.
Alguns pensam que "chegar ao topo" significa aparecer na TV ou ser o proprietário de uma companhia de ações milionária. Mas existe somente um "topo" que é realmente importante - o pico da escada espiritual. Mas não é fácil subir na ladeira espiritual. Ás vezes parece difícil demais. Porque se esforçar para subir e subir? Porque não permanecer aonde você está e ser deslocado?
A vida é como descer da escada rolante. Para permanecer aonde você está, você tem que continuar andando. Se você ficar parado, você descerá. Para subir, você tem que se esforçar mais do que andar - você tem que correr. Na Parasha desta semana, lemos as punições severas que o Povo Judeu sofrerá se não forem dedicados a Torah. Mas não é suficiente cumprir a Torah. O verso acima nos ensina que a punição completa também ocorrerá se o povo Judeu não servir à D-us "com alegria e bondade de coração".
Isso é muito difícil de ser entendido. Porque devemos ser punidos tão severamente por meramente falhar em cumprir mitzvot com alegria e bondade de coração?
Nossa inclinação negativa não é boba. Ela não nos diz para roubar ou servir ídolos. Ela nos testa á partir das etapas mais básicas. Como por exemplo sugerindo para que façamos atos fáceis. Ela faz com que as mitzvot pareçam pesadas. Ela sugere o serviço à D-us sem entusiasmo. E com uma boa dose disso, vai chegar o dia em que devido a pressão você vai ser ajudado a esquecer de cumprir a mitzva. E á partir desse ponto, a inclinação nos encorajará passo a passo a transgressões maiores até que nos encontramos frente a um ídolo.
Isso foi exatamente oque aconteceu na geração em que Jerusalém foi destruida. Eles não começaram como idólatras. No princípio consideraram as mitvot como uma carga pesada. Então oque você faz quando sua inclinação já te influenciou a começar a decair?
Oque você faz se já perdeu o sentimento de felicidade ao cumprir mitzvot? E se você já sente apatia Você não pode discutir com uma emoção. Você não pode superar emoções com lógica. Se você sentir apatia, não será produtivo fazer uma lista de motivos racionais de porque você deve crescer espiritualmente. A única forma de brigar contra emoções é com outra emoções.
A psicologia aborda um síndrome chamado "dissonância cognitiva". Dissonância cognitiva é quando você compra um relógio caro e mais tarde, naquele mesmo dia vê um anúncio em outra loja de um relógio quase idêntico ao seu, por um preço muito mais barato. E você pensa então que o seu é melhor do que o outro. Ainda que alguém possa provar que os relógios são extrememente parecidos, mesmo assim pensamos que o nosso é superior. Porque? Porque eu o comprei. "Meu relógio pertence a mim e eu o comprei".
Quando compramos algo, pensamos que é algo de qualidade.
Quando investimos muita energia em um certo projeto, você não pode me dizer que ele não tem valor. Essa é a chave de como lidar contra apatia. Consideramos valioso algo em que investimos nosso tempo, esforço, amor, nossa própria existência. Á partir desse princípio podemos entender como revelar o amor por mitzvot que temos em nosso coração. Para amar mitzvot temos que investir nelas. Quando as cumprimos com todo nosso coração, a voz cínica que tenta atrapalhar nosso serviço ao Criador não conseguirá nos influenciar. Subconscientemente diremos para ela: "Você não pode me dizer que essa mitzvot são um peso. Eu me dediquei completamente a elas. Eu investi nelas meu amor e minha vida". Você não pode combater emoção com lógica. Apenas emoção pode ser efetiva contra outra emoção.
Haftara
Yeshaiahu 60:1-22
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Esta é a sexta das sete Haftarot de Consolação. O Profeta Yeshaiahu invoca Jerusalém a superar a dor da escuridão e sombra para brilhar no mundo com toda a sua gória. A luz da redenção, amba física e espiritual é radiada por ela. Seus filhos exilados por muito tempo estão retornando, e as nações do mundo reconhecerá Hashem e que o Povo Judeu são seus emissários. A redenção, diferente das que a precederam, será final e completa. "Nunca outra vez o sol descenderá, ou a lua se ocultará, pois Hashem será sua luz eterna e terminará seus dias de luto".
Reencarnações
"E seu povo, eles são justos, etrnamente deverão herdar a Terra, um ramo da Minha plantação..." (60:21)
As pessoas pensam que reencarnação é um conceito oriental. É verdade. Um conceito do Meio-Oriente. Um dos presentes do Judaísmo para o Oriente é a reincarnação. Se a pessoa não cumprir o caminho que D-us indica neste mundo, sua alma retornará até que ele corrija seus erros. O verso acima alude á esses processo: "E seu povo, eles são justos". Podemos perguntar: "Todos els são justos?! Conheço muitas pessoa que estão longe de serem justas!" Na qual as próximas palavras do verso respondem: "um ramo da Minha plantação" - aqueles que não são justos terão que ser "replantados" muitas vezes até que suas boas ações fibalmente se realizem. Até a pessoa menos justa retornará e retornará para este mundo até que eventualmente se torne nobre e virtuoso.









