Judaismo! - Balak
Balak
Resumo da Parashá
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Balak, o rei de Moav, temia morbidamente Bnei Ysrael. Ele apontou um conhecido feiticeiro para blasfema-los.
Inicialmente, Hashem se dirige a Bilam proibindo-o de cumprir a missão. Mas devido a insistência de Bilam, Hashem reaparece uma segunda vez, permitindo que ele siga em frente. No caminho, o malach (anjo, mensageiro Divino) bloqueia o caminho do asno de Bilam. Sem conseguir controlar sua frustração, Bilam bate no burro cada vez que ele para ou tenta desviar do caminho. Miraculosamente o asno fala, perguntando a Bilam porque ele lhe bateu. O malach explica a Bilam oque ele pode ou não dizer em relação ao Povo Judeu. Quando Bilam chega ao seu destino, o Rei Balak faz preparações elaboradas com a esperança de que Bilam suceda. Três vezes Bilam tenta blasfemar Bnei Ysrael, porém três vezes ele os abençoa involuntariamente. Balak, percebendo que Bilam falhou, o manda embora em desgraça. O Povo Judeu começa a pecar com mulheres moabitas e a servir aos seus ídolos, e são então punidos com uma praga.
Um dos líderes Judeus atrevidamente traz uma princesa midianita para sua tenda frente a Moshe e ao povo. Pinchas, neto de Aharon, pega uma lança e mata ambos pecadores. Isso para a praga, que havia causado 24.000 mortes.
Comentário da Parashá
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Nome
"Eu não posso transgredir a palavra de Hashem, meu D-us, por nada pequeno ou grande". (22:18)
D-us não pode ter nome. O nome distingue algo de outra coisa. Ele separa. O nome diz: "É isso - e não aquilo".
Quando falamos sobre Hashem ser Um, mas do que o fato de ser o único D-us, implicamos que nada existe com exceção dele. Ele é Um e tudo. Então, obviamente, Ele não pode ter nome, pois nome o separaria de Tudo.
Mas Hashem tem nomes. A própria palavra "Hashem" significa "O Nome".
Quando consideramos que Hashem tem nomes, é somente no contexto de Sua relação com o mundo que criou. Esses nomes se referem as formas nas quais percebemos que Ele controla o mundo. Ás vezes, interpretamos as ações de D-us como clementes. Outras vezes, exatamente como as palavras da lei. Os nomes Divinos se relacionam somente à forma que analisamos Seus atos. Em um nível transcendente, Ele não é compacivo, justo, etc. - nenhuma outra característica ou qualidade. Pois esses adjetivos são relacionados somente ao nosso entendimento.
No verso acima, Bilam diz que não pode "trangredir a palavra de Hashem, Elokai (Meu D-us) para fazer nada pequeno ou grande". A ordem dessa frase é confusa. Se Bilam não pode cometer um pequeno pecado, mais ainda não poderá cometer uma grande infração. Então porque a Torah menciona "pequeno ou grande"? "Pequeno" automaticamente deduz "grande".
O método de Bilam amaldiçoar o Povo Judeu era invocar contra eles nomes de D-us que representam justiça estrita - Elokim e Ka. Assim, ele pensou que haveria a possibilidade de que as maldições atingissem o objetivo. Porém, quando ele tentou utilizar o nome Elokim, sua boca foi fechada prematuramente e o nome que saiu foi Kel - nome que representa misericórdia. E quando ele quiz usar o nome Ka, sua boca de repente falou algo involuntário. Sua língua se adiantou e oque pronunciou foi o nome de Hashem de quatro letras que simboliza compaixão.
Por isso Bilam afirmou "Eu não posso transgredir a palavra de Hashem, meu D-us (Elokai), por nada pequeno ou grande". Oque significa: "Não posso mudar esses dois nomes, nem para diminuir Hashem para Ka ou aumentar Kel para Elokim".
Bondade Divina
"E de lá ele viu o extremo de seu povo". (22:39)
Existe algo raro na história de Balak. Nunca teríamos sabido do episódio de Bilam tentando amaldiçoar o Povo, se a Torah não tivesse nos revelado. Outros eventos que a Torah relata a respeito do Povo Judeu poderiam ser deduzidos da tradição, mas não a Parasha desta semana. Quando esse episódio ocorreu, a nação estava longe de Bilam. Eles só poderiam ser vistos à distância - do topo de uma montanha, no outro lado do campo; no deserto. Mas não de perto. Eles são como extras em um filme. Se não fosse pela Torah, nunca teriamos sabido como escapamos por pouco. O Povo Judeu naquele momento não sabia dos planos de Balak e Bilam.
No final do sexto século, o Império Bizantino completamente destruiu o estabelecimento na Terra de Israel. Sem que os Judeus na Babilôlia soubessem, os bizantinos resolveram se livrar deles. Porém, antes que pudessem colocar em prática suas maquinações, a revolta muçulmana os tirou do poder.
Os Judeus tiveram uma posição importante na derrota do Czarismo e na implementação do subsequente governo Soviético. Mas secretamente em 1953, Josef Stalin tentou sem sucesso destruir os Judeus no que ficou conhecido como "O Plano dos Médicos". De acordo com uma teoria, se esse projeto tivesse alcançado o clímax, os judeus soviéticos teriam sido expulsos em massa. Mas esses planos morreram junto com Stalin em 1953.
O Salmo mais curto, Tehilim 117, aborda o mundo na época de Mashiach: "Abençoe Hashem todas as nações; louve-o todos os povos; pois sua bondade para nós é impressionante..."
Uma vez, um príncipe russo perguntou a Rav Itzale de Volozin porque não-judeus devem abençoar D-us pela sua bondade à Israel. Rav Itzale respondeu: "Os príncipes das nações constantemente planejam nossa destruição mas nosso D-us Misericordioso fracassa seus projetos. Vocês mantém seus planos tão secretos que os judeus nem percebem quantas vezes vocês tentaram nos machucar e quantas vezes D-us nos salvou. Apenas vocês, as nações não-judias do mundo, verdadeiramente percebem o grau da bondade Divina para nós. Portanto, somente vocês podem adequadamente louva-lo".
Você Perde- Eu Ganho
"Então agora, por favor venha e amaldiçoe esse povo por mim, pois isso é difícil demais para mim". (22:6)
Oque um judeu faz quando tem dificuldades? Ele pede uma bracha para um grande tzadik. Ele reza para que o Criador do mundo o salve. Mas como reagem as outras nações quando tem problemas?
Quando Balak Ben Tzipor, o rei de Moav teve medo dos judeus, ele se dirigiu à Bilam não com o pedido de que o abençoe, mas que amaldiçoe os judeus!
Assim agem os malvados - ao invés de buscarem benção para si, preferem almadiçoar outros.
Haftara
Micha 5:6-6:8
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Andando com humildade
"Oh, Homem, oque é bom e oque Hashem quer de você, apenas justiça, amor a caridade e andar humildemente com seu D-us". (6:8)
"...andar humildemente com seu D-us" - se refere as mitzvot de prover para noivas e escortar mortos. (Rashi)
Para compreender a essência de uma pessoa, temos que observa-lo em ambos momentos de alegria transcendente - prover para noivas - e tristeza profunda - escortar mortos.
Pois nesses momentos extremos as qualidades internas são reveladas sem barreiras. E então é possível analisar se ele "anda humildemente com seu D-us".
Publicado por Instituições Or Sameach - Departamento Latino-americano
Diretor : Rabino Betzalel Blidstein
Escrito e Recompilado por Rabi Yaakov Asher Sinclair
Editor Responsável: Rabi Moshe Newman
Tradução : Nomi Travis
Produção: Moises Cohen
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