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Judaismo!

Bereshit

27 de Tishre 5759; 17 de Outubro 1998


Conteúdo:

  • Resumo da Parashá
  • Comentário da Parashá
  • Haftorah
  • Amor á Terra de Israel
  • Informações sobre assinatura
  • Or Sameach na Web

    Esta publicação está disponível nos seguintes formatos [Text] Explicação destes símbolos



  • Resumo da Parashá

    Conteúdo

    No princípio Hashem criou todo o universo, incluindo do nada, do inexistente, o conceito de tempo. Esse processo de criação continuou por seis dias. No sétimo dia, Hashem descansou, criando então o universo espiritual do Shabat, que retorna a cada sete dias. Adam e Chava - o primeiro casal humano - foram posicionados no Jardim de Eden. Chava foi convencida pela serpente a comer o fruto proibido da "Árvore do Cohecimento do Bem e do Mal", e deu o fruto para Adam provar.

    Ao internalizar o pecado para dentro deles, Adam e Chava não puderam continuar no paraíso espiritual de Eden e foram expulsos. Consequentemente, eles e seus descendentes passaram a sofrer com morte, trabalho árduo (físico e espiritual) e dores de parto. Com isso começa o esforço para corrigir a transgreção de Adam e Chava, que será o assunto da história mundial.

    Cain e Hevel, os dois primeiros filhos de Adam e Chava, trazem oferendas para Hashem. Hevel oferece o melhor de seu rebanho, e é aceito, enquanto que Cain oferece produto inferior que é rejeitado. Eles então brigam, Cain mata Hevel, e é condenado a viajar pela terra. A Torah cita a genealogia das outras crianças de Adam e Chava, e dos descendentes de Cain até o nascimento de Noach. Depois da morte de Sheis, a humanidade declina para o mal, e Hashem resolve que ele tem que destruir o homem num dilúvio mundial. Porém, um homem, Noach, é favorecido por Hashem.




    Comentário da Parashá

    Conteúdo

    De quem é essa terra?

    "No princípio de D-us ter criado os céus e a terra " (1:1)

    A Torah não é um livro de história. É o manual de instrução para o mundo, escrito pelo Criador do universo.

    Se isso é verdadeiro, porque a Torah não começa com as instruções do Criador (a santificação da lua no Livro de Shmot)? Mas ao invés disso, em todo o Livro Bereshit a Torah identifica o Criador e sua conecção com o Povo Judeu.

    Rashi, responde a pergunta acima no seu comentário sobre essas primeiras palavras da Torah. Ele explica que se as nações do mundo alegarem: "Vocês são ladrões! Vocês roubaram a terra das sete nações de Canaan!"; o Povo Judeu poderá mostrar o Livro Bereishit e dizer: "Todo o mundo pertence à Hashem. Ele o criou e o presenteou para quem lhe pareceu que merecia. Ele decidiu dar Eretz Ysrael para eles, e Ele decidiu tira-la deles e dar para nós".

    É claro que tal explicação só é aceita com a crença de que a Torah é a palavra Divina. Porém, as nações do mundo não parecem estar com pressa em aceitar a Torah.

    Certamente eles podem dizer que não tem obrigação de honrar posse baseada um argumento egocêntrico!

    A resposta é que não esperamos que o mundo aceite a Torah como autêntica, pois eles nunca estiveram no Monte Sinai, e não tiveram o benefício de transmissão contínua da Torah de geração para geração. Porém, nós devemos saber que nosso direito á Eretz Ysrael vem do Criador do universo, e nossa prova disso é Sua Torah.

    Rabino Nachman Bulman


    Imagine

    "Vamos criar o homem em Nossa imagem, semelhante a nós..." (1:26)

    Como o homem pode ser criado "em Nossa imagem"? Que possível comparação pode ser feita entre D-us e o homem? D-us é o "pintor" e o homem é a "pintura". Como a pintura pode parecer com o pintor?

    Todos os animais da criação percebem o mundo através de seus sentidos. Eles conhecem apenas oque vêem, cheiram, escutam, tocam e provam. Seu mundo é limitado a percepção imediata. O homem é diferente. A palavra hebraica para homem é Adam, que vem do radical "dimion", imaginação.

    A escência do homem, de acordo com seu nome, a qualidade que o define, é sua imaginação. O homem pode se elevar acima da mera percepção fisica e viajar para as fronteiras do tempo e espaço em sua mente. Apenas o homem pode analisar e extrapolar oque percebe e compara.

    Essa é a diferença entre o homem e seu Criador. Hashem disse "Vamos fazer o homem..." com o poder de imaginação para se extender em pensamento, alcançando lugares aonde nada existiu previamente.


    Bom Vs. Muito Bom

    "... D-us viu oque ele fez, e foi muito bem". (1:31)

    Com cada nova criação, a Torah diz, "e D-us viu que era bom".

    Com uma exceção.

    A criação do homem. Após a criação do homem, não está escrito que "D-us viu que era bom".

    Porque não?

    A idéia de Hashem ver algo implica que a natureza daquela entidade é transfixa e eternamente imutável. Mas o homem não é estático. Ele tem liberdade de escolher entre o bem e o mal. Portanto, com relação ao homem a Torah não escreve "e D-us viu que era bom".

    Porém, após a criação do homem, Hashem analisou a criação outra vez e concluiu que era muito boa. Com a criação do homem, passou a existir um ser com a habilidade de livre arbítrio para cumprir a vontade Divina, ao invés de faze-lo involuntáriamente como uma flor, animal ou estrela.

    Consequentemente, quando o homem cumpre a vontade de Hashem, ele eleva toda a criação do bom para muito bom.

    Meshech Chochma


    Parceiros

    "Vamos criar o homem..." (1:26)

    Uma das razões da Torah utilizar o plural "Vamos criar o homem..." é a lição que todo ser humano é obrigado a ser um parceiro no processo contínuo de criação - que ele se torne merecedor do objetivo e da finalidade da criação.

    Por isso a criação conclui especificamente como o homem - para indicar que ele é o "fim" da criação - sua finalidade.

    Portanto, é necessário que o homem aperfeiçoe não apenas suas ações, mas também seu corpo. A mitzva de Brit Mila (circunsição) indica que o homem, ao se tornar um parceiro na sua própria perfeição física e espiritual, compartilhando na perfeição do mundo.

    Rabino Moshe Feinstein


    Vestido para Matar

    "Após um certo período, Cain trouxe um oferecimento para Hashem do fruto da terra; e Hevel também ofereceu primogênitos de seu rebanho" (4:3)

    Porque a Torah proibe vestir roupa feita com shatnez - mistura de lino e lã?

    "O fruto da terra" que Cain ofereceu para Hashem foi fibras de linho. Hevel ofereceu lã do tosquio da ovelha. Quando Cain viu que Hashem rejeitou sua oferenda, enquanto que a de Hevel foi aceita, ele teve inveja e raiva e matou seu irmão.

    Portanto, de certa forma, a combinação de linho e lã "lembraria" Hashem que o primeiro assassinato da história ocorreu como resultado desses oferecimentos.

    Nós, o povo de Hashem, não devemos lembrar violência e assassinato nem mesmo na nossa forma de vestir.

    Midrash Tanchuma




    Haftara

    Isaías 42:5-43:10

    Conteúdo

    Assim como a Parasha, Haftara aborda o tema da criação. Ela enfatiza que a criação não foi apenas um evento primordial, mas que Hashem recria o mundo novamente a cada segundo. Sem essa constante recriação, o mundo cessaria em existir.

    De forma semelhante, Hashem não somente criou o mundo e o deixou sem supervisão, como um relógio de corda. Pelo contrário, Ele se involve até mesmo com os menos importantes eventos da criação. A Haftara também reflete a criação da humanidade (os "protagonistas" do propósito Divino da criação do mundo) com a tarefa do Povo Judeu de ser modelos para o mundo, luz para as nações.

    Assim como na Parasha Adam pecou mas teve a oportunidade de se redimir, a Haftara também descreve como o Povo Judeu se engana e transgride, mas mesmo assim, devido a compaixão de Hashem, Israel nunca é abandonado pois eles são os agentes da intenção original Divina.


    Seleções de comentários clássicos da Torah
    expressando a relação especial do Povo Judeu e Eretz Ysrael

    Nova coluna dessa publicação á partir de Parashat Noach


    Publicado por Instituições Or Sameach - Departamento Latino-americano
    Diretor : Rabino Betzalel Blidstein
    Escrito e Recompilado por Rabi Yaakov Asher Sinclair
    Editor Responsável: Rabi Moshe Newman
    Tradução : Nomi Travis
    Produção: Moises Cohen


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