Judaismo! - Pinjas
Pinjas
Resumo da Parashá
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Hashem diz para Moshe informar a Pinchas que ele receberá o "pacto de paz" Divino como recompensa por sua ação corajosa - por ter executado Zimri e a princesa midianita Kozbi. Hashem ordena a Moshe para que o Povo Judeu mantenha um estado de inimizade com os midianitas, por eles terem nos persuadido a pecar.
Moshe e Elazar são instruidos a fazerem um censo da nação. A Torah menciona os nomes das famílias de cada uma das tribos. O número total de homens entitulados a servirem no exército é 601.730. Hashem explica a Moshe como dividir a Terra de Israel para o Povo Judeu. O número de famílias dos Leviitas é mencionado. As filhas de Tzlofachad fazem uma alegação para Moshe: como elas não tem irmão, elas pedem a herança da porção de terra de seu pai. Moshe pergunta a Hashem qual é a lei nesse caso, e Hashem responde que a alegação delas é justa.
A Torah ensina as leis e prioridades que determinam a ordem de heranças. Hashem diz para Moshe para subir numa montanha e ver a Terra de Israel em que o Povo Judeu entrará em breve, porém não poderá acompanha-los. Moshe pede a Hashem para designar o próximo líder do Povo, e Hashem seleciona Yeoshua Bin Nun. Moshe aponta Yeoshua como seu sucessor frente a toda a nação. A Parasha conclui com ensinamentos especiais sobre o serviço no Beit HaMikdash.
Comentário da Parashá
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Parafuso A Menos
"Atormente os midianitas e os ataque" (25:17)
Se imagine em um avião. A pessoa do seu lado sorri, pega uma chave de fenda, coloca a parte afiada no ouvido e começa a aparafusar o cérebro. Você tentaria para-lo! Você tiraria a chave de fenda da mão dele!
Você teria a mesma reação se a pessoa do seu lado estivesse cometendo uma transgressão? Porque não?
Idéias não nos assustam. Só temos medo do que vemos. A maior prova disso é que não tememos D-us tanto quanto deveríamos. Podemos saber e acreditar que existe D-us, mas quantos pensam que ele está à nossa frente em todos os momentos? Se víssemos D-us, nunca pecariamos. Não O vemos, e por isso nos afastamos Dele. Em hebraico, medo - yra - é quase idêntico a palavra para visão. Só tememos o que vemos.
Quando presenciamos um assassinato, sentomos indescritível horror e repulsão. Mas quando presenciamos alguém encorajando um judeu a não cumprir Shabat ou comer comida não kasher, não reagimos da mesma forma. Mas logicamente nossa reação ao segundo deve ser maior do que ao homicídio.
Quando alguém assassina, ele termina a vida da vítima neste mundo. Mas quando alguém causa outros a transgredir a Torah, ele tira a vida da vítima neste mundo e no próximo.
De acordo com nossos olhos, este mundo é uma caminhada curta entre duas escuridões. Porém, sabemos que este mundo não é nada mais do que uma passagem antes do grande palácio de luz. Não vemos a luz, mas sabemos que existe. Não vemos - por isso não tememos.
Os midianitas incitaram o Povo Judeu a pecar. Por isso Hashem comandou medidas tão severas contra eles. Não era suficiente ataca-los; temos que manter uma inimizade constante contra eles. Uma lembrança para nos recordar que eles tentaram implantar em nós uma inclinação a imoralidade. Eles tentaram nos remover não só deste mundo, mas também do próximo.
Ajudando o Papai
"Ao desforrar minha vingança..." (25:11)
Ele expressou minha vingança - Rashi.
Se você pede para uma criança de três anos te ajudar a arrumar a mesa para Shabat e ele coloca o copo de kidush na mesa orgulhosamente, você sente muitas nachat [alegrias]. Você certamente não ganha nada com a juda dele, com excessão da satisfação. Você poderia facilmente ter feito oque ele fez enquanto você colocava os pratos e talheres na mesa. Mas você lhe deu uma responsabilidade!
Rashi explica o significado da expressão "ele desforrou Minha vingança" - Ele expressou Minha raiva. Especificamente porque Pinchas fez algo que Hashem teria feito, ele recebeu uma recompensa tão grande.
A mesma idéia se aplica a tzedaka, caridade. Turnus Rufus uma vez perguntou para Rabi Akiva: "Se Hashem ama os pobres, porque ele não os alimenta?" Rabi Akiva respondeu que os pobres dão mais do que nós - pois ao receber tzedaka, eles nos salvam de gehenom (purgatório).
Rabi Akiva estava dizendo que certamente é "tarefa" Divina alimentar os pobres, mas ele nos deixa fazer isso. E ao fazer o "trabalho de Hashem por ele", ganhamos recompensa extra. Somos como um menino pequeno arrumando a mesa para Shabat. Claro que Hashem pode alimentar os pobres sozinho, mas Ele nos dá essa oportunidade, apesar de não precisar de "ajuda".
Espírito Familiar
"Moshe falou com Hashem dizendo: 'Que Hashem, o D-us de todos os espíritos de carne, aponte um homem sobre a assembléia' ". (27:15-16)
"O D-us de todos os espíritos" é uma expressão rara. Qual era a intenção de Moshe ao se dirigir á Hashem dessa forma?
O melhor líder é aquele que entende intimamente a natureza individual de seu grupo. Ninguém nos conhece tanto quanto Hashem. Portanto, Moshe rezou para que aquele que o substitua, assemelhe a qualidade Divina de conhecer os espíritos de carne. E que possa ao mesmo tempo, ter intuição sobre suas necessidades - as virtudes e falhas daqueles que lidera.
Haftara
Yerrmiahu 1:1-2:3
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As três Haftarot lidas durante as Três Semanas (entre o dia 17 de Tamuz e o dia nove de Av) são chamadas as "três de aflição". Elas detalham as consequencias severas que o Povo Judeu sofrerá se não retornar à Hashem. Porém, todas essas Haftarot terminam com otimismo, expressando a certeza de que Hashem nunca esquece Seu Povo, até mesmo no exílio mais escuro e profundo.
Má companhia
"Portanto Hashem diz: 'Eu me lembro para seu bem da bondade de sua infância, seu amor no periódo de noivado, você ter me seguido no deserto numa terra não cultivada'. Israel é sagrado para Hashem, seu primeiro grão, todos que o devoram deverão arcar com a responsabilidade de sua culpa, eles sofrerão desgraças - a palavra de Hashem". (2:2,3)
Uma vez havia um rapaz sensível que passava seus dias estudando e desenvolvendo seu caráter. Ainda quando jovem, ele foi capturado por bandidos e forçado a viver com eles. No princípio, a vulgaridade deles o repugnou, e ele manteve seu comportamento original. Mas com as semanas se transformando em anos, e sem sinais de ser liberado, vagarosamente ele foi influenciado, até que eventualmente não havia como distingui-lo dos bandidos.
Quando o Povo Judeu for finalmente redimido do exílio, as nações que os oprimiram serão julgadas, não apenas pelas suas transgressões, mas também pelos pecados de Israel. Pois se não fosse pela companhia do Povo Judeu, eles ainda estariam no mesmo nível espiritual de quando estavam no deserto.
Essa é a explicação dos versos: "...'Eu me lembro para seu bem da bondade de sua infância, seu amor no periódo de noivado, você ter me seguido no deserto numa terra não cultivada' ". Eu me lembro, diz Hashem, como vocês eram ao me seguir no deserto, antes de serem exilados com as nações. No princípio vocês foram sagrados, e se vocês pecaram foi por causa da atmosfera em que foram absorvidos durante a longa noite do exílio.









